Os evangélicos e as festas juninas
O que diz a Bíblia
Para muitos cristãos, pode parecer que a participação deles
nessas festividades juninas não tenha nenhum mal,
e que a Bíblia não se
posiciona a respeito. O apóstolo Paulo, no entanto,
declara em 1 Coríntios
10.11 que as coisas que nos foram escritas no passado nos foram escritas para
advertência nossa. Vejamos o que ele disse: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como
figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins
dos séculos”.
O que nos mostra a história do povo de Israel em sua
caminhada do Egito para Canaã? Quando os israelitas acamparam junto ao Monte
Sinai, Moisés subiu ao monte para receber a lei da parte de Deus. A demora de
Moisés despertou no povo o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi
consultado e, depois de concordar, ele próprio coletou os objetos de ouro e
fabricou um bezerro com esse material. O texto bíblico diz o seguinte: “Ele os
tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de
fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te
tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do
bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).
Qual foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os
puniu severamente: “Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças,
acendeu-se-lhe a ira, e arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do
monte. Então tomou o bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o
até que se tornou em pó, e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos
de Israel. Então ele lhes disse: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa.
Passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e
cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho” (Êx 32.19-20,27).
O teor religioso das festas juninas não passa de um ato
idólatra quando se presta culto a Santo Antônio, São João e São Pedro. Paulo
declara o seguinte: “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o
sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios
sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais
participantes com os demônios” (1Co 10.19-20).
“E serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço.
Demais disto, sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios. E derramaram
sangue de seus filhos e de suas filhas que sacrificaram aos ídolos de Canaã; e
a terra foi manchada com sangue”(Sl 106.36-37).
Como crentes, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu
Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem
louvar tão-somente o Senhor Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele a
Deus sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome”
(Hb 13.15). O texto de Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando:
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia
contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do
trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas nas suas mãos.
E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado
no trono, e ao Cordeiro”.
É possível imaginar um cristão cantando louvores a São João
Batista? O cântico seria mais ou menos assim:
“Onde está o Batista?
Ele não está na igreja
Anda de mastro em mastro
A ver quem o festeja”5
Lembramos a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de
adoração que certos homens quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o
que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se
os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a
Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de
Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da
porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. Porém, ouvindo
isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o
meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas?
Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos
que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar
e tudo o que neles há” (At 14.11-15).
Os santos não podem ajudar
Normalmente, as pessoas que participam das festas juninas
querem tributar louvores a seus patronos como gratidão pelos benefícios
recebidos. Admitem que foram atendidas por Santo Antônio, São João Batista e
São Pedro. Crêem também que esses santos podem interceder por elas junto a
Deus. Entretanto, os santos não podem fazer nada pelos vivos. Pedro e João,
como servos de Deus obedientes que foram, estão no céu, conscientes da
felicidade que lá os cerca (Lc 23.43; 2Co 5.6-8; Fp 1.21-23). Não estão
ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das pessoas que os cultuam aqui na terra.
O único intercessor eficaz junto a Deus é Jesus Cristo. Diz a Bíblia: “Porque
há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”
(1Tm 2.5).
E mais:
“É Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os
mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos,
mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2.1-2).
Foi o próprio Senhor Jesus quem nos disse que deveríamos orar
ao Pai em seu nome para que pudéssemos alcançar respostas aos nossos pedidos:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado
no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei” (Jo 14.13-14).
Quanto ao teor religioso das festas juninas, podemos declarar
as palavras de Deus ditas por meio do profeta: “Odeio, desprezo as vossas
festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro” (Am 5.21).
Como seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta delicada
exposição, que Deus nos conceda sabedoria para que consigamos proceder de uma
maneira que o agrade em todas as circunstâncias, pois: “toda ação de nossa vida
toca alguma corda que vibrará na eternidade” (E. H. Chapin).
FOGUEIRAS
A fogueira é um elemento essencial nas festas juninas.
Algumas regiões ainda conservam a bizarra tradição de caminhar sobre as brasas.
Você sabia que convencionalmente cada uma das três festas, Santo Antônio, São
Pedro e São João, exige um arranjo diferente de fogueira?
Santo Antônio
As lenhas são atreladas em formato quadrangular.
São Pedro
As lenhas são atreladas em formato triangular.
São João
As lenhas são atreladas observando o modelo habitual; possui
formato arredondado semelhante à pirâmide.
COMIDAS TÍPICAS
As festas juninas são comemoradas com comidas típicas: curai,
batata-doce, mandioca, pipoca, canjica, pé-de-moleque, pinhão, gengibre,
quentão, entre outros.
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