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Somália: Força africana é acusada de estuprar e explorar mulheres

Soldados da força da União Africana na Somália (Amisom), financiada pela ONU, estupraram mulheres e trocaram ajuda humanitária por sexo em suas bases em Mogadíscio. As denúncias, divulgadas nesta segunda-feira (8), são do relatório da Human Rights Watch (HRW). “Os soldados da União Africana, servindo-se de intermediários somalis, utilizaram uma variedade de táticas, como ajuda humanitária, para obrigar mulheres e crianças vulneráveis a realizar atividades sexuais”, detalhou a HRW.

“Estupraram e agrediram sexualmente mulheres que foram buscar ajuda médica ou água nas bases da Amisom”, acrescenta o documento, que afirma que os soldados “deram comida e dinheiro em uma tentativa aparente de fazer o abuso se passar por uma transação sexual”.

A Amisom afirmou que estes são incidentes isolados e classificou o relatório de injusto, embora tenha afirmado que tomará medidas a respeito.

Esta força da União Africana conta com 22 mil soldados de seis nações (Uganda, Burundi, Quênia, Etiópia, Djibuti, Serra Leoa) e desde 2007 luta junto às tropas governamentais contra os insurgentes islamitas shebab, vinculados à Al-Qaeda. Além da ONU, é financiada por União Europeia, Estados Unidos e Grã-Bretanha, entre outros.

Exploração da necessidade

As mulheres vítimas destes abusos procuraram as duas bases da Amisom em Mogadíscio depois de ter fugido, em sua maioria, da fome que em 2011 devastou as zonas rurais do país. Longe de tudo o que lhes dá segurança, estas mulheres dependem da ajuda externa para cobrir suas necessidades básicas e as de seus filhos.

O relatório de 71 páginas se baseia no testemunho de 21 mulheres e crianças, que dizem ter sido estupradas ou sofrido abusos sexuais por parte de soldados de Uganda ou Burundi desde 2013.

O documento também cita vários casos. Segundo a ONG, a exploração sexual é um fenômeno conhecido nas bases da Amisom em Mogadíscio e a maioria das vítimas não denunciaram os abusos por medo de represálias.

Estes incidentes “provocam uma grande preocupação sobre os abusos de soldados da Amisom a mulheres e crianças e sugerem que existe um problema muito maior”, alertou a HRW. “Os países contribuintes de tropas, a União Africana e os doadores que financiam a Amisom devem se concentrar urgentemente sobre estes abusos e reforçar os procedimentos na Somália para que justiça seja feita”, declarou esta ONG com sede em Nova York.

A HRW também interrogou outras 30 pessoas, observadores estrangeiros, soldados e líderes dos países membros da Amisom.

O relatório “só se baseia em uma pequena amostra, e utilizá-la para condenar o conjunto de nossos 22.000 soldados é extremamente contraproducente”, declarou o porta-voz da Amisom, Eloi Yao, que afirmou que a força aplica uma “política de ‘tolerância zero’ em relação aos maus comportamentos”.




Fonte: Carta Capital

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